#006 Como o marketing digital mudou para sempre o jogo das marcas

Narrativas que Colam - Edição #006

Durante décadas, o branding foi território exclusivo de grandes empresas, campanhas milionárias e agências de publicidade. Era um jogo jogado por poucos — com acesso a outdoors, TV e jingles que grudavam na mente. Era o mundo do Mad Men. Criativo, sim. Mas fechado, caro e distante da realidade de pequenos negócios.

Só que então algo aconteceu.

Silenciosamente, o marketing digital emergiu como uma força disruptiva. No começo, parecia só uma forma barata de anunciar na internet. Depois, virou um canal de performance. E, hoje, tornou-se uma revolução completa — que transformou como vendemos, nos posicionamos e principalmente: como construímos marcas com valor real no mundo.

Neste artigo, você vai entender:

  • Como o marketing digital deixou de ser só tráfego pago e virou ferramenta estratégica de construção de ativos duráveis

  • Por que ele está resgatando os fundamentos clássicos do branding — mas com execução rápida, validada por dados e com ROI direto

  • E como ele permitiu que qualquer negócio, mesmo pequeno, construa uma marca que gere equity, não só faturamento

Vamos começar pelo que importa: o que realmente mudou?

O Branding era um luxo. Agora é uma necessidade.

Se antes bastava vender um bom produto, hoje não basta mais. O consumidor está saturado. Ele não quer só preço ou benefício. Ele quer pertencer. Ele compra marcas que representam algo maior. E isso é especialmente verdade nas redes sociais, onde:

  • A atenção é escassa

  • A comparação é instantânea

  • E a reputação é pública

A marca deixou de ser o “extra”. Hoje, é o centro da estratégia.

Mas diferente do passado — quando era preciso milhões para criar uma marca — agora é possível construir uma marca forte com:

  • Narrativa clara

  • Posicionamento estratégico

  • Comunicação consistente

  • E execução digital bem feita

Ou seja: o marketing digital democratizou o branding.

E mais que isso: ele criou um novo modelo de construção de marca — mais rápido, mais validado e muito mais conectado à performance.

O Fim do abismo entre branding e vendas

Durante muito tempo, branding e vendas eram tratados como dois mundos separados. O branding era sobre percepção. As vendas, sobre conversão.

Hoje, os dois são um só.

O marketing digital permitiu que o branding se tornasse mensurável. Cada peça, cada campanha, cada posicionamento… tudo pode ser testado, otimizado, escalado.

Exemplo prático?

Uma marca de creatina lançada com identidade viral, storytelling forte, embalagem colecionável e posicionamento aspiracional faturou mais de R$1 milhão nos primeiros 90 dias. Não porque tinha mais verba. Mas porque aplicou estratégias digitais para criar valor percebido, comunidade e desejo de compra.

Isso não é exceção. É o novo normal para quem entende que branding não é mais sobre logos. É sobre gerar equity, margem e recompra.

O framework que mudou tudo:

De produto para persona, de campanha para comunidade

O marketing digital trouxe uma nova ordem para a construção de marcas:

1. Tudo começa na persona

O velho marketing começava no produto. O novo começa na pessoa.
Não é mais sobre o que você quer vender, mas sobre quem você quer transformar.

Você não vende um clareador labial. Você ajuda mulheres a sentirem orgulho dos próprios lábios.
Você não vende creatina. Você vende energia, autoestima e um estilo de vida forte e leve.

O marketing digital forçou as marcas a olharem para o consumidor como ser humano — não como número.

2. Narrativa é tudo

Na era da comparação constante, o produto precisa de uma história.
Sem narrativa, tudo vira commodity.

E essa narrativa precisa ser clara, emocional e ancorada em algo real:
Uma causa, um estilo de vida, um movimento.

Marcas que crescem hoje têm uma “tese de oportunidade” embutida em cada campanha. Elas não vendem só o produto. Vendem uma visão de mundo.

3. Conteúdo é ativo

A velha publicidade era interromper. O novo marketing é atrair.

Todo conteúdo relevante é um tijolo na construção da marca.
Cada vídeo, cada carrossel, cada anúncio: tudo precisa reforçar quem você é e por que você importa.

Isso criou um novo tipo de ativo: o conteúdo intencional — feito para educar, engajar, vender e criar comunidade.

4. A marca ganha corpo na comunidade

A diferença entre um produto de R$50 e uma marca de R$199 está no pertencimento.

No grupo de WhatsApp.
No bordão que a audiência repete.
Na embalagem que dá orgulho de postar.

Marcas digitais bem construídas hoje têm o que chamamos de movimento:
Clientes viram defensores. Stories viram testemunhos. E o boca-a-boca é amplificado por redes.

A nova fórmula de branding para o século XXI

A construção de marca, hoje, pode ser descrita assim:

Branding = (Narrativa x Posicionamento x Produto) elevado à potência da Performance Digital

Onde:

  • Narrativa conecta com a emoção

  • Posicionamento gera percepção de valor e diferenciação

  • Produto entrega a experiência que valida a promessa

  • E Performance Digital (tráfego + conteúdo + conversão) escala tudo com velocidade e eficiência

Essa fórmula, aplicada com consistência, cria algo raro:
Marcas que não apenas vendem — mas crescem. Que não apenas lucram — mas se tornam ativos.

Cases que provam essa transformação

Vamos a alguns exemplos concretos:

🔹 O caso do termogênico com sabor de café

Um produto commodity, transformado em experiência de marca.
Nome leve, design chamativo, identidade bem posicionada. Resultado?
Faturamento exponencial e alta recompra sem aumento proporcional de CAC.

🔹 O suplemento Articula Life

Dores articulares sempre existiram. Mas nunca foram abordadas com tanto estilo.
Branding natural, promessa clara, sabor único, copy emocional.
Mais que um produto, virou “o suplemento que cuida da sua performance e alívio”.

🔹 Mentorias e cursos online de alto valor

Infoprodutos que antes dependiam apenas de provas sociais e bônus começaram a investir em marca:
Nome forte, metodologia exclusiva, identidade verbal e visual.
Resultado: vendas mais previsíveis, aumento do ticket e posicionamento premium.

Esses exemplos mostram que o marketing digital, quando aliado ao branding estratégico, cria um campo de vantagem injusta.

Por que isso funciona em qualquer mercado — até mesmo no mais tradicional

Agora vem o ponto crucial:

Se esse modelo funciona em mercados novos (como infoprodutos), ele funciona ainda mais em mercados centenários, onde:

  • As marcas são ultrapassadas

  • A comunicação é genérica

  • O cliente não sente afinidade real

Imagine aplicar essa lógica no mercado jurídico, odontológico, educacional, de suplementos ou construção civil.

Quando você entende que branding hoje é sobre percepção + comunidade + digital, qualquer negócio pode se renovar.

A construção de marca deixou de ser uma maratona cega. Hoje, é um processo iterativo, mensurável e aplicável em qualquer mercado.

A nova regra do jogo: branding não é mais uma opção. É a única saída.

Estamos vivendo a era da transparência total.

Clientes pesquisam, comparam, avaliam, julgam — tudo em segundos.
Ou você constrói uma marca com base sólida, diferencial claro e execução digital impecável…
Ou vira só mais um vendendo o mesmo que todos.

E o mais curioso?
Muita gente ainda acha que marketing digital é só “rodar tráfego”.

Não é.

Marketing digital, hoje, é a ferramenta mais poderosa de construção de marca da história.

É a única capaz de:

  • Testar hipóteses rapidamente

  • Construir posicionamento com feedback em tempo real

  • Criar valor percebido que se transforma em margem

  • Formar comunidades que defendem seu produto

  • E escalar vendas enquanto gera equity

A revolução não está no produto. Está no posicionamento.

Quem entendeu isso está surfando uma das maiores oportunidades da era digital:
Construir marcas relevantes com pouca verba, muita estratégia e execução criativa.

E quem ainda pensa que branding é luxo…
Logo será engolido por quem entendeu que branding é sobrevivência, diferenciação e escala.

Seja você uma marca de suplemento, um curso online, uma loja física ou um prestador de serviço…

A nova regra é clara: se você não tiver uma marca, você será só mais um.

E no mundo digital, ser só mais um é o jeito mais rápido de desaparecer.

Um grande abraço

Cristiano Oliveira