#007 Como o Impacto Visual está ditando quem viraliza e quem vira pó?

Narrativas que Colam - Edição #007

💥 Sua marca precisa parar o olho antes de abrir a boca

🚫 Bonito não viraliza. Memorável, sim.

Liquid Death provou que o choque visual constrói desejo antes mesmo de alguém saber o que você vende.

Se você acha que viralização começa com tráfego pago ou conteúdo, pense de novo. Antes de qualquer like, clique ou compra, existe um instante decisivo: o impacto visual.

A Liquid Death é um exemplo emblemático. Eles vendem água. Mas não qualquer água: uma que parece uma cerveja do demônio, com latas metálicas pretas, design punk e slogans como "Murder Your Thirst".

Esse visual chocante não é aleatório — ele é intencionalmente construído para:

  • Interromper o padrão visual do mercado (garrafinhas plásticas e saudáveis),

  • Gerar conversa ("Você viu essa marca de água que parece cerveja de motoqueiro?"),

  • Criar conexão tribal com quem odeia o politicamente correto e busca produtos com personalidade.

Em poucos anos, se tornou uma marca de centenas de milhões de dólares, não por causa da água, mas por construir uma personalidade visual impossível de ignorar.

O fenômeno por trás do impacto visual

Neurociência comprova: nosso cérebro processa imagens 60.000 vezes mais rápido que texto. Em feeds saturados de conteúdo, você tem 0,3 segundos para capturar atenção visual antes do scroll.

Mas existe uma diferença crucial entre chamar atenção e gerar impacto:

  • Chamar atenção é uma mulher de biquíni vendendo hambúrguer

  • Gerar impacto é a Liquid Death transformando água em statement cultural

O primeiro gera cliques vazios. O segundo constrói marcas que vendem por identidade, não por desconto.

⚠️ Fundamento #1 — Se sua marca não incomoda, ela é invisível

Crie um visual que desafie a expectativa do mercado

Toda categoria tem um "padrão visual dominante". No mercado de água? Azul, clean, saudável. A Liquid Death quebrou isso com preto, metal, e caos gráfico.

No seu mercado, qual é o clichê visual?

Seu dever como estrategista de marca é parecer "errado" para chamar atenção. Errado no bom sentido: o suficiente para quebrar o padrão, mas coerente com a sua mensagem.

Cases de quebra de padrão que funcionaram:

1. Dollar Shave Club - Mercado de barbeação

  • Padrão: Azul corporativo, homens sérios, tecnologia complexa

  • Quebra: Roxo irreverente, humor escrachado, simplicidade assumida

  • Resultado: Vendidos por $1 bilhão para Unilever

2. Oatly - Mercado de leites vegetais

  • Padrão: Verde natural, famílias felizes, fazendas bucólicas

  • Quebra: Design brutalmente simples, copy sarcástica, estética indie

  • Resultado: IPO de $10 bilhões

3. Glossier - Mercado de cosméticos

  • Padrão: Dourado luxuoso, modelos perfeitas, complexidade técnica

  • Quebra: Rosa millennial, pessoas reais, "no-makeup makeup"

  • Resultado: Avaliação de $1.8 bilhão

O método da Inversão Visual

Passo 1: Mapeie os 10 concorrentes diretos 

Passo 2: Liste os elementos visuais comuns (cores, tipografia, símbolos, linguagem)

Passo 3: Para cada elemento comum, crie sua versão inversa 

Passo 4: Teste se a inversão ainda comunica credibilidade no seu segmento

Exemplo prático aplicado:

Se você vende suplementos esportivos:

  • Padrão: Preto/vermelho, músculos, agressividade, fórmulas complexas

  • Inversão: Pastéis suaves, ilustrações minimalistas, simplicidade zen, "menos é mais"

  • Mensagem: "Força não precisa gritar"

🧠 Dica estratégica: A inversão funciona quando mantém relevância funcional. Não seja diferente só por ser — seja diferente com propósito.

🔥 Fundamento #2 — Embale uma ideologia, não um produto

As pessoas compartilham ideias, não características

A Liquid Death não vende água. Ela vende rebeldia enlatada. O consumidor não compra pelo gosto, mas porque a marca representa algo: um ataque ao status quo, uma forma de dizer "eu sou diferente" sem precisar dizer nada.

O design comunica isso sem uma linha de copy. É o que Seth Godin chamaria de "sinal visível de pertencimento".

O poder das Ideologias Visuais

Marcas que viralizam nunca vendem apenas produtos. Elas vendem bandeiras visuais que permitem ao consumidor expressar identidade.

Exemplos de ideologias embaladas:

Supreme - "Exclusividade é poder"

  • Visual: Logo simples + vermelho agressivo + drops limitados

  • Ideologia: Quem tem, pertence ao clube dos escolhidos

Tesla - "O futuro é agora"

  • Visual: Minimalismo extremo + linhas futuristas + ausência de botões

  • Ideologia: Sou mais evoluído que quem ainda usa combustível

Patagonia - "Lucro com propósito"

  • Visual: Natureza crua + tipografia funcional + storytelling ativista

  • Ideologia: Consumo consciente é resistência

Como descobrir sua Ideologia Visual

Pergunta central: Se sua marca fosse uma pessoa numa festa, que tipo de conversa ela puxaria?

  • Seria o nerd que fala de tecnologia?

  • O rebelde que critica o sistema?

  • O sábio que conta histórias inspiradoras?

  • O engraçado que alivia a tensão?

Sua personalidade humana = Sua identidade visual

Exercício prático: termine estas frases sobre sua marca:

  • "Eu existo para provar que..."

  • "Eu odeio quando as pessoas..."

  • "Eu acredito que o mundo seria melhor se..."

Suas respostas devem aparecer no seu design antes de aparecer na sua copy.

O método da polarização inteligente

Marcas virais não tentam agradar todo mundo. Elas escolhem um lado e intensificam visualmente essa escolha.

Fórmula:

  1. Escolha seu inimigo (que ideia/padrão você combate?)

  2. Defina sua bandeira (que ideia você defende?)

  3. Traduza visualmente (como seu design grita essa bandeira?)

📲 Fundamento #3 — Se sua embalagem não dá vontade de postar, você está perdendo mídia gratuita

Transforme sua marca em conteúdo de Instagram

A estética da Liquid Death virou meme, figurinha, enfeite de mesa, tatuagem, thumbnail de TikTok. Ou seja, o design não serve apenas para ser bonito, ele serve para ser compartilhável.

Seu design precisa funcionar como entretenimento + sinal social.

A Era do "Instagramable Design"

Em 2025, todo produto precisa funcionar como cenário de conteúdo. Suas embalagens, suas peças gráficas, seus produtos são palco para o consumidor criar conteúdo sobre sua marca.

Elementos que tornam design compartilhável:

1. Contraste Extremo

  • Cores que "saltam" na tela do celular

  • Tipografia que funciona mesmo em stories de baixa resolução

  • Formas geométricas simples que funcionam como ícones

2. Elementos de Surpresa

  • Texturas inesperadas (holográfico, aveludado, texturizado)

  • Formatos não convencionais (hexagonal, assimétrico, empilhável)

  • Copy irreverente diretamente no produto

3. "Easter Eggs" Visuais

  • Detalhes que só aparecem em certas condições (luz, ângulo, tempo)

  • QR codes que levam a experiências secretas

  • Elementos que mudam com o uso (termocromático, scratch-off)

Cases de viralização por design

1. Fenty Beauty - Rihanna

  • Estratégia: 40 tons de base em embalagens holográficas

  • Viralização: Cada tom era um post diferente, stories infinitos de "qual é o meu tom"

  • Resultado: $550M no primeiro ano

2. Rare Beauty - Selena Gomez

  • Estratégia: Embalagens com frases motivacionais + design que parece joia

  • Viralização: Cada produto era uma "quote card" para Instagram

  • Resultado: Unicórnio em menos de 2 anos

3. Prime - Logan Paul & KSI

  • Estratégia: Cores neon + design gaming + escassez artificial

  • Viralização: Cada sabor era um "drop" que gerava FOMO visual

  • Resultado: $250M+ em revenue no primeiro ano

Design para redes sociais

Teste do Espelho: Coloque seu produto na frente de um espelho. Se não dá vontade de tirar uma selfie com ele, ele não é viral.

Teste da Mesa: Coloque seu produto numa mesa com outros 10 produtos aleatórios. Se ele não se destaca imediatamente na foto, precisa de mais contraste.

Teste do Story:
Grave um story de 15 segundos mostrando o produto. Se não fica claro o que é em 3 segundos, precisa ser mais simples.

💡 Fundamento #4 — Quem não tem ícone, não constrói memória

Sua marca precisa de um símbolo visual memorável

Toda marca viral tem um símbolo forte. Algo que o cérebro reconhece em 0,5 segundos. Apple: maçã. Nike: swoosh. McDonald's: M. Liquid Death? A caveira líquida.

Esse símbolo não precisa explicar o que você vende. Ele precisa ancorar a lembrança da experiência emocional da marca.

A ciência da memória visual

Nosso cérebro é evolutivamente programado para reconhecer e memorizar símbolos. É uma questão de sobrevivência primitiva que hoje define o sucesso comercial.

Características de símbolos memoráveis:

1. Simplicidade Extrema

  • Funciona em 16x16 pixels

  • Desenho em uma cor só

  • Reconhecível mesmo de cabeça para baixo

2. Singularidade

  • Não se confunde com nenhum outro símbolo

  • Tem uma "quebra" que chama atenção

  • É impossível de reproduzir "por acidente"

3. Versatilidade

  • Funciona grande e pequeno

  • Funciona em qualquer cor

  • Funciona em qualquer superfície

Tipos de símbolos que funcionam

1. Mascotes/Personagens

  • Michelin (Bibendum), KFC (Coronel), Pringles (Mr. P)

  • Vantagem: Humanizam a marca, geram afeto

  • Desvantagem: Podem ficar datados

2. Símbolos Abstratos

  • Nike (swoosh), Pepsi (círculo), Mastercard (círculos sobrepostos)

  • Vantagem: Atemporais, flexíveis

  • Desvantagem: Precisam de mais tempo para gerar significado

3. Wordmarks Estilizados

  • Coca-Cola, Disney, FedEx

  • Vantagem: Nome + símbolo em um

  • Desvantagem: Limitados pelo nome da marca

Como criar seu Ícone Viral

Método 1: A Técnica da Subtração

  1. Desenhe tudo que representa sua marca

  2. Retire um elemento por vez até sobrar o essencial

  3. O que restou é seu símbolo

Método 2: A Técnica da Fusão

  1. Liste 3 conceitos que definem sua marca

  2. Encontre o símbolo visual de cada um

  3. Funda-os em uma forma única

Método 3: A Técnica da Contradição

  1. Pense no óbvio símbolo do seu mercado

  2. Crie o oposto mantendo a funcionalidade

  3. Teste se ainda faz sentido

Exemplo prático: Para uma marca de café:

  • Óbvio: Grão de café, xícara, vapor

  • Contradição: Cubo de gelo (café gelado como revolução)

  • Fusão: Grão + cubo = diamante facetado

  • Subtração: Só as linhas do facetado

🧠 Vá além: O ícone precisa "grudar" não só na mente, mas na emoção da tribo. Ele não representa o produto. Representa o que a tribo sente por ele.

🧬 Fundamento #5 — Visual sem alinhamento é ruído

Toda identidade visual precisa reforçar a Big Idea da marca

De que adianta um visual impactante se ele conta outra história?

A força da Liquid Death está na consistência entre nome, slogan, design e narrativa. Tudo aponta para a mesma direção: uma marca que transforma o mais puro líquido em uma experiência agressiva e sarcástica.

O framework do alinhamento total

Todas as expressões da marca devem contar a mesma história emocional:

1. Nome + Logo + Cores → Precisam evocar a mesma sensação

2. Copy + Tom + Linguagem → Precisam ter a mesma personalidade

3. Produto + Embalagem + Experiência → Precisam entregar a mesma promessa

Diagnóstico de alinhamento

Teste da Coerência Emocional:

Pegue todos os pontos de contato da sua marca:

  • Logo

  • Site

  • Embalagem

  • Redes sociais

  • Atendimento

  • Produto

Mostre cada um para 5 pessoas diferentes sem contexto.

Pergunta: "Que tipo de pessoa compraria isso?"

Se as respostas forem consistentes, você tem alinhamento. Se forem contraditórias, você tem ruído.

Cases de desalinhamento que custaram caro

1. Tropicana (2009)

  • Erro: Mudaram embalagem icônica (laranja com canudo) para design "premium"

  • Problema: Visual novo não alinhava com percepção de "natural/familiar"

  • Resultado: Queda de 20% nas vendas em 2 meses, voltaram o design antigo

2. Gap (2010)

  • Erro: Logo clássico (azul simples) virou gradiente moderno

  • Problema: Visual novo não alinhava com "clássico americano"

  • Resultado: Revolta dos clientes, voltaram atrás em 6 dias

Como manter alinhamento visual

Regra dos 3 Adjetivos: Escolha apenas 3 adjetivos que definam sua marca. Toda decisão visual deve reforçar esses 3 adjetivos.

Exemplo - Tesla:

  1. Futurista → Linhas limpas, ausência de botões físicos

  2. Inteligente → Tela central, recursos automatizados

  3. Exclusivo → Materiais premium, design minimalista

Exemplo - Harley-Davidson:

  1. Rebelde → Preto fosco, design agressivo

  2. Artesanal → Cromados, detalhes únicos

  3. Tribal → Logo águia, símbolos de pertencimento

Se uma decisão visual não reforça pelo menos 2 dos 3 adjetivos, ela está fora do alinhamento.

🎯 Fundamento #6 — Timing visual é tudo

Sua marca precisa parecer atual, mas não datada

Existe uma janela temporal onde cada estilo visual funciona. Muito cedo = incompreendido. Muito tarde = déjà-vu.

O ciclo da tendência visual

1. Inovadores (2% do mercado)

  • Testam estilos completamente novos

  • Alto risco, alta recompensa

  • Ex: Instagram em 2010 (filtros vintage quando tudo era clean)

2. Early Adopters (13% do mercado)

  • Adotam estilos promissores

  • Médio risco, boa recompensa

  • Ex: Airbnb em 2014 (ilustrações personalizadas)

3. Maioria Inicial (34% do mercado)

  • Seguem tendências validadas

  • Baixo risco, recompensa padrão

  • Zona ideal para maioria das marcas

4. Maioria Tardia (34% do mercado)

  • Adotam só quando é mainstream

  • Risco baixo, recompensa baixa

5. Retardatários (16% do mercado)

  • Resistem até ser forçados

  • Alto risco de obsolescência

Tendências Visuais 2024-2025

1. Neo-Brutalismo

  • Tipografia pesada, cores saturadas, layouts "quebrados"

  • Quem usa: Spotify, Balenciaga, muitas startups tech

  • Funciona para: Marcas que querem parecer disruptivas

2. Glassmorphism

  • Transparências, desfoque, camadas sobrepostas

  • Quem usa: Apple, Microsoft, apps de interface

  • Funciona para: Marcas tech, produtos digitais

3. Vintage Futurism

  • Estética retrô + elementos futuristas

  • Quem usa: Tesla Cybertruck, muitas marcas de NFT

  • Funciona para: Produtos inovadores com nostalgia

4. Maximalismo Organizado

  • Muitos elementos, mas organizados sistematicamente

  • Quem usa: Supreme, Off-White, marcas streetwear

  • Funciona para: Marcas jovens, lifestyle

Como escolher seu timing visual

Método do radar de tendências:

Passo 1: Identifique 10 marcas que você admira (dentro e fora do seu setor) 

Passo 2: Categorize o estilo visual de cada uma no ciclo de adoção 

Passo 3: Encontre padrões visuais que estão saindo do Early Adopter para Maioria Inicial

Passo 4: Adapte esses padrões para sua realidade/setor

Dica de ouro: Não copie o estilo. Copie o timing da decisão.

💰 Fundamento #7 — ROI do design é mensurável

Impacto visual tem métricas claras de performance

Design não é arte. É investimento com retorno calculável. Marcas que investem estrategicamente em design têm ROI 4x maior que as que tratam visual como "enfeite".

Métricas de impacto visual

1. Métricas de Atenção

  • Tempo de parada (quanto tempo o usuário olha antes de scrollar)

  • Taxa de clique (CTR em anúncios visuais vs textuais)

  • Recall espontâneo (% que lembra da marca sem ajuda)

2. Métricas de Engajamento

  • Share rate (quantos compartilham conteúdo visual)

  • Save rate (quantos salvam posts visuais)

  • User-generated content (quantos criam conteúdo com/sobre a marca)

3. Métricas de Conversão

  • Conversion rate (compras por visitante)

  • Average order value (ticket médio)

  • Customer lifetime value (valor total por cliente)

Cases com ROI comprovado

1. Slack

  • Investimento: Redesign completo da marca (2019)

  • Resultado: 32% aumento no sign-up rate

  • ROI: $50M+ em revenue adicional no primeiro ano

2. Mailchimp

  • Investimento: Nova identidade visual + mascote

  • Resultado: 28% aumento na retenção de usuários

  • ROI: $150M+ em valor de empresa

3. Dropbox

  • Investimento: Redesign focado em simplicidade

  • Resultado: 25% redução no cost per acquisition

  • ROI: $200M+ economia em marketing

Como medir o ROI do seu design

Fórmula Simples: ROI = (Ganho obtido - Custo do investimento) / Custo do investimento x 100

Exemplo prático:

  • Custo: R$ 50.000 em redesign

  • Resultado: 20% aumento na conversão = R$ 200.000 revenue adicional/ano

  • ROI: (200.000 - 50.000) / 50.000 x 100 = 300% ao ano

Métricas que você deve acompanhar:

Antes do redesign:

  • CTR médio dos anúncios

  • Conversion rate do site

  • Tempo de permanência na página

  • Taxa de rejeição

  • NPS (Net Promoter Score)

Depois do redesign (medir por 6 meses):

  • Variação % em cada métrica

  • Custo por lead

  • Lifetime value

  • Organic share/mention

🧪 Fundamento #8 — Teste antes de apostar tudo

Valide o impacto visual antes do lançamento completo

Grandes marcas não lançam redesigns no escuro. Elas testam, medem, ajustam. Pequenas marcas podem usar as mesmas técnicas com orçamento menor.

Métodos de teste de design

1. A/B Testing Visual

  • Teste 2 versões da mesma peça

  • 50% da audiência vê versão A, 50% vê versão B

  • Meça qual performa melhor em métricas específicas

2. Focus Groups Digitais

  • Mostre opções visuais para grupos de 8-12 pessoas

  • Grave reações em tempo real

  • Analise comentários e linguagem corporal

3. Teste de 5 segundos

  • Mostre o design por exatos 5 segundos

  • Pergunte: "O que você lembra?" "Que emoção sentiu?"

  • Se não comunicar em 5 segundos, não vai comunicar nunca

4. Heatmap Testing

  • Use ferramentas como Hotjar/Crazy Egg

  • Veja onde os olhos param no seu design

  • Ajuste baseado nos pontos de maior atenção

Ferramentas para testar design (Gratuitas/Baratas)

1. Canva + Instagram Stories

  • Crie 2 versões do design

  • Poste como stories com enquete

  • Veja qual gera mais engajamento

2. Google Optimize

  • Teste diferentes versões do site

  • Meça conversão de cada versão

  • Gratuito para testes básicos

3. Typeform + WhatsApp

  • Crie questionário com imagens

  • Envie para lista de contatos

  • Colete feedback estruturado

4. Facebook/Instagram Ads

  • Teste diferentes criativos com mesmo público

  • Mesmo orçamento para cada versão

  • Vencedor = maior CTR + menor CPC

Framework de teste progressivo

Fase 1: Teste Interno (Semana 1)

  • Equipe + amigos próximos

  • Foco: clareza da mensagem

Fase 2: Teste de Público (Semana 2-3)

  • Amostra de 100-500 pessoas do público-alvo

  • Foco: impacto emocional + memorização

Fase 3: Teste de Performance (Semana 4-6)

  • Campanha pequena com orçamento controlado

  • Foco: métricas de conversão

Fase 4: Rollout Completo (Após validação)

  • Implementação total apenas após aprovação nas 3 fases

⚡ Implementação: Plano de 90 dias para transformar sua marca

Mês 1: Diagnóstico e Estratégia

Semanas 1-2: Auditoria Visual Completa

  • Mapeie todos pontos de contato visuais

  • Analise 20 concorrentes diretos

  • Identifique padrões e oportunidades de diferenciação

  • Defina os 3 adjetivos da marca

Semanas 3-4: Definição da Identidade

  • Escolha sua ideologia/posicionamento

  • Crie moodboard com referências visuais

  • Defina paleta de cores estratégica

  • Esboce primeiras versões do símbolo/logo

Mês 2: Criação e Validação

Semanas 5-6: Desenvolvimento Visual

  • Crie 3 versões completas da identidade

  • Desenvolva aplicações (embalagem, site, social)

  • Produza materiais de teste

Semanas 7-8: Testes e Ajustes

  • Execute testes com público-alvo

  • Colete feedback estruturado

  • Refine baseado nos resultados

  • Finalize versão aprovada

Mês 3: Implementação e Otimização

Semanas 9-10: Rollout Gradual

  • Implemente novo visual nas redes sociais

  • Atualize materiais de marketing

  • Lance nova embalagem/produto

Semanas 11-12: Medição e Otimização

  • Monitore métricas de performance

  • Colete feedback do mercado

  • Faça ajustes necessários

  • Documente learnings

Checklist de Implementação

Pré-Lançamento

  • Manual de marca documentado

  • Todos arquivos em formatos corretos

  • Testes de aplicação em diferentes suportes

  • Treinamento da equipe

  • Cronograma de implementação

Lançamento

  • Comunicação interna alinhada

  • Materiais antigos recolhidos/atualizados

  • Monitoramento de redes sociais ativo

  • Sistema de coleta de feedback

  • Plano B para possíveis ajustes

Pós-Lançamento

  • Análise semanal de métricas

  • Ajustes baseados em performance

  • Documentação de resultados

  • Planejamento de próximas iterações

🎁 Recursos extras e ferramentas

Ferramentas de design

1. Canva Pro - Criação gráfica 

2. Figma - Design e prototipagem

3. Coolors.co - Paletas de cores 

4. Font Pair - Combinações tipográficas

5. Unsplash - Imagens gratuitas 

6. Remove.bg - Remoção de fundo

7. TinyPNG - Compressão de imagens

Ferramentas de Teste

1. Hotjar - Heatmaps e gravações 

2. Google Optimize - Testes A/B 

3. Typeform - Pesquisas visuais 

4. UsabilityHub - Testes de 5 segundos 

5. Maze - Testes de usabilidade

Fontes de Inspiração

1. Behance - Portfólios de designers 

2. Dribbble - Trabalhos conceituais 

3. Brand New - Análises de rebranding 

4. Packaging of the World - Design de embalagens 

5. Awwwards - Web design premiado

Templates e Frameworks

1. Brand Guidelines Template

  • Versões do logo

  • Paleta de cores com códigos

  • Tipografia e hierarquias

  • Aplicações corretas/incorretas

  • Tom de voz e personalidade

2. Briefing de Design Template

  • Objetivos do projeto

  • Público-alvo detalhado

  • Referências visuais

  • Restrições e limitações

  • Cronograma e orçamento

Conclusão — Visual é a primeira copy. E a que mais converte

Marcas virais não são discretas. Elas entendem que:

  • Scroll é batalha.

  • Design é arma.

  • E o impacto visual é o primeiro vendedor.

Se sua marca não chama atenção com o que ela mostra, ela nunca terá tempo para explicar o que ela vale.

O mundo mudou. Atenção virou moeda. E design virou a linguagem universal do comércio digital.

Não é mais sobre fazer bonito. É sobre fazer impossível de ignorar.

A pergunta não é se você vai investir em design estratégico. A pergunta é: quanto tempo você vai perder tentando vender sem ele?

📋 Checklist Final: sua marca está pronta para viralizar visualmente?

Fundamentos Estratégicos

  • Sua embalagem quebra o padrão visual do mercado?

  • O design expressa uma ideia, não apenas um produto?

  • Você tem uma ideologia clara embalada visualmente?

  • Todos elementos visuais reforçam os mesmos 3 adjetivos?

Execução Tática

  • Seu visual tem "cara de post" nas redes sociais?

  • Há um ícone ou símbolo reconhecível e forte?

  • Design funciona bem em dispositivos móveis?

  • Você testou com público real antes do lançamento?

Performance e Métricas

  • Você definiu KPIs claros para medir impacto visual?

  • Tem sistema para coletar feedback constante?

  • Monitora métricas de engajamento e conversão?

  • Planeja iterações baseadas em dados?

Se você respondeu "não" para mais de 3 itens, seu produto pode até ser bom — mas sua marca ainda não está viralizável.

A revolução visual da sua marca começa hoje.

Um grande abraço

Cristiano Oliveira